«existe o que quero dizer e existe a minha voz. nem sempre o tom da minha voz corresponde ao que quero dizer e, mesmo assim, molda-o tanto como as palavras que escolho. sou menos dono da minha própria voz do que destas palavras, indexadas em dicionários que já estavam impressos antes de eu nascer. quando reparo na minha voz parece-me sempre demasiado aguda e juvenil, incerta, imprópria para afirmações sérias.»
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
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