limpar as lágrimas e sorrir porque tem de se ir jantar. e a mãe chama o teu nome, e tu dizes que já vais. sabes que precisas de chorar mais, mas ela continua a chamar o teu nome como quem chama a criança que se perdeu no centro comercial. era isso: desaparecer. mas depois pensas e sabes que não consegues. há demasiadas coisas que não consegues perceber. isso é irónico, não é?
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
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Olha, Ana.
ResponderEliminarQueria-te aqui, para o bem e para o mal. Agora, podia sentar-me contigo no meu sofá e falarmos sobre o que de mau se passa. Podíamos discutir, até gritar, e fazer as pazes logo a seguir. Porque sei que se estivéssemos perto, resolveríamos tudo num instante. Não aguentaríamos estar chateadas, porque era tudo muito melhor quando estávamos juntas. Quando nos ríamos as duas, e depois dávamos as mãos. Íamos ter vontade de o fazer, e nem sequer deixávamos que as nossas discussões fossem mais forte. Mas não. Nem nós estamos perto, nem sequer podemos dar as mãos. E então, estamos assim. Num assim que nem é tão bom assim, é péssimo. Eu preciso de ti aqui. Quero tudo de volta.
e também acontece de estares no quarto a chorar, a tua mãe entra e pergunta "estás a chorar?" e a resposta do costume "não, mas acho que estou a ficar constipada"
ResponderEliminarCompreendo tão bem este post!
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