terça-feira, 5 de outubro de 2010

eu sempre gostei muito de arroz.

Hoje está um belo dia para ficar em casa. Queres vir ter comigo? A minha manta é grande e dá para os dois. Podemos ir deitar-nos na cama da minha irmã e ficar abraçados até o mundo acabar. Queres vir ter comigo? Podemos fingir que o tecto branco está cheio de histórias e tu podes falar muito sem nunca parar. Podes dizer-me como as minhas mãos estão geladas e podes tentar aquecer-mas. Não vou reclamar. Podes ainda ir buscar uma aspirina ou o brufen, que eu prometo que não vou fazer birra nenhuma. Podes fazer-me festinhas no cabelo e eu posso adormecer. E vou adormecer muito calmamente como quem sonha que vais estar sempre ali, na cama da minha irmã, a dar-me o xarope à boca e a mexeres-me no cabelo. Depois posso acordar e ver um prato de arroz com salsichas para crianças, num tabuleiro ao meu lado. E vou abraçar-te, e vou chorar. E tu vais sorrir para mim. Eu vou comer sobre o teu olhar atento e pensar em como és o homem da minha vida. Queres vir ter comigo? É que estou a sentir muito a tua falta.

4 comentários:

  1. oh, que lindo. e ri-me baixinho pelo "cama da minha irmã". mais uma vez, obrigada pelos bons sentimentos que os teus textos despertam em mim

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  2. e isso é mesmo querido. é claro que tens mais é que estar assim *

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  3. não sei, por agora preciso de descansar. e obrigada
    mais, nao tens nada que agradecer, obvio

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