vem ter comigo hoje.

Anda, vem ter comigo hoje. Vem deixar-me meter a minha cabeça no teu peito para que possa ouvir melhor o teu coração. Vem dar-me a mão naquele jeito que só tu sabes. Vem abraçar-me e beijar-me. Sabes? É que eu preciso tanto de ti aqui, preciso tanto da nossa força e do teu amor bem perto de mim. Por isso vem, diz que vens. E mesmo que não venhas, diz que vens. Deixa-me sonhar com o teu regresso até que tu chegues. E depois quando chegares canta baixinho só para mim, deixa-me encostar-me a ti e ouvir o teu coração, que, meu amor, é o que eu mais gosto de ouvir. Faz-me sentir ainda mais perto de ti. Depois deixa-me beijar-te, porque eu já tenho . Muitas saudades, meu amor. E dói, tu sabes que dói. A distância dói, dói não te ter aqui e imaginar que te estou a abraçar. Mas ao doer também vemos o quão fortes e o quão real isto é. E eu vou ser sempre forte, por nós. Por isso vem, amor. Deixa-me sorrir muito para ti e não te deixar ir embora, nunca mais. Vem! Deixa-me pegar na tua mão, encostar os meus lábios ao teu ouvido e sussurrar-te amo-te como quem sente o vento leve na cara num dia pesado de calor. Por isso vem; vem deixar-me amar-te mais de perto, deixar-me dizer que tenho saudades e que nós somos eternos. Porque eu preciso de sentir o calor da tua mão na minha, o amor dos teus olhos nos meus e o teu coração a bater sempre mais. Apetece-me cantar num tom infantil para ti, e pular, e nunca te largar a mão, para não teres de ir embora. Mas eu sei que a despedida é inevitável e é por isso que dizer adeus doeu, de todas as vezes. Mas vai haver sempre outra visita. E um dia, dizer adeus vai acabar e não vão haver mais visitas, porque um dia eu vou acordar com as tuas mãos na minha cintura e um beijo teu na testa. E nesse dia já não vai haver adeus, amor , nesse dia só o até já, meu anjo reinará. E quando esse dia começar, meu amor, nunca mais vai acabar.