domingo, 9 de maio de 2010

encontrei-a contigo.

Ainda me lembro daquela tarde gélida e cheia de vento em que nos abraçamos no quentinho do teu quarto e chorámos juntas, como se falássemos muito, sem parar. Palavras grandes e enormes que não se podem dizer. Palavras grandes e enormes que só se dizem em grandes lágrimas ou  em grandes sorrisos. E no nosso caso, naquele dia, foi em lágrimas. Será que ainda te lembras?

Mãe, pára! Olha para mim, mãe! Olha para mim! Pára! Ouve-me! Olha para mim! Desculpa, não volta a acontecer.

E chorámos. Não percebi a totalidade das palavras que aquelas lágrimas queriam dizer, mas gostei desse momento, mãe. Gostei tanto desse momento! Porque é nas lágrimas que encontramos a paz, e nesse dia, encontrei-a contigo.

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