domingo, 2 de maio de 2010

um dia o mundo dele acabaria por chegar.

ele prometeu-lhe o mundo, e ela dava-lhe o universo. ela dava-lhe o seu mundo, o seu universo, a sua paz, as suas mãos. e ele com as mãos dela construía os seus sonhos. ela ainda tinha esperança da promessa que ele lhe fizera naquela noite escura debaixo das estrelas: «amor, eu prometo dar-te o meu mundo». ele prometeu. ele já tinha prometido. mas ela nunca via essa promessa em lado nenhum. tentava esforçar-se e por vezes enganava-se a si própria dizendo «ele dá-me o mundo dele, eu sei. só que quando ele o dá, eu não tenho os braços abertos para o receber». mas era mentira e ela sabia isso. ela estava sempre de braços abertos para tudo o que era dele, e o que ele lhe punha nos braços não era o seu mundo, nem os seus abraços. era o seu peso. as suas mágoas e tristezas. ela continuava a iludir-se  e a dar-lhe o seu universo. o que recebia em troca? bem, isso não lhe interessava. ela amava-o, e quem ama não quer pedir nada em troca, por isso ela achava que amá-lo era o maior desafio da sua vida. ela amava-o, dava-lhe o seu universo, tinha-o por perto, e sabia que ele, lá no seu jeito, a amava também. e por isso ela nunca desistiu, nunca desistiu de acreditar que um dia, o mundo dele acabaria por chegar.

2 comentários:

  1. a ti respondo.
    estive mal, agora melhor.
    e sim, fez sol. aí?

    ResponderEliminar
  2. este teu texto está mesmo bonito :)
    parabéns.
    visto que tens o teu blog modificado podes-me dizer como é que faço para segui-lo ?

    ResponderEliminar